segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Da janela da frente !

Sempre a vejo lá, linda. Debruçada sobre aquela janela verde, procurando com seus olhos rápidos e inquietos qualquer indício de possibilidade. Vasculha a rua toda, desvenda cada corpo que por ela ousa passar. Eu a vejo lá, linda, e visto daqui o lá se torna tão longe e o verde chega a ser ralo devido a distancia. Mas é verde. Um verde bonito e um tanto sujo pelos braços da moça triste. Há dias em que sua tristeza inunda a rua e eu quase choro. Parece minha aquela solidão. Uma solidão tão singela e singular que se veste de uma beleza desigual. A moça linda e triste é completamente desigual. Quisera eu que aqueles olhos me despissem e me revelassem. Quisera eu me aproximar daquela janela verde que de perto deve ser tão mais verde e tão mais janela. E ela permanece lá, fingindo ser transparente a qualquer coisa, a qualquer custo. Fingindo não saber que o seu olhar entorpece todos que por ali passam e que o seu cheiro acompanha todos os corpos e penetra a memória como algo impossível de esquecer. Totalmente inesquecível.
Enquanto ela passa a vida fingindo que não provoca reação alguma nas pessoas que a cercam e que a janela verde não faz com que os seus olhos melados sejam tão mais mel e tão mais doce e que não faz nada para encantar e enfeitiçar a alma dos que a procuram por toda a parte. Passa a tarde fingindo que eu não sou inteiramente sua. Passa a tarde inteira me olhando sem me ver. Passa a vida fingindo não se importar com os deslizes e acasos decorrentes. E eu passo a vida toda por ela, porque uma única vez ela passou por mim. E foi intenso. Tão intenso que ela não soube voltar pra casa e eu, egoísta que sou não mostrei o caminho de volta. Tudo para mantê-la aqui, quente como uma canção que nos remete a momentos bons. Ela é o meu momento bom, a janela verde que fica tão mais verde e mais janela quando me aproximo, seus olhos tão lindos e melados e invasores. Posso ver os beijos flutuando sem alcançá-la, milhões deles vindos de todas as partes. Eu fecho os olhos como se assim ela pudesse ser somente minha e intocável. Mas daqui ela parece estar tão longe e o verde parece ser tão ralo...
Por vezes eu gritei para acordá-la desse transe da solidão, mas ela não ouve, ela finge não me ouvir. E assim se seguem os dias...
Passo as minhas tardes procurando um modo de torná-la minha, querendo-a como jamais quis alguém, enquanto ela segue fingindo não merecer uma gota sequer desse amor. Há coisas que a gente não pode controlar e, eu estou descobrindo isso de uma maneira tão doce...

domingo, 10 de outubro de 2010

Carta pra você!

Queria poder me lembrar dos detalhes. De todos os mínimos detalhes e traços e medos que compõem seu corpo. Queria entendê-la. Saber logo de uma vez porque seu olhar me despe. O porquê de suas marcas serem definitivas. Me sinto transparente e acuada em sua presença, como se a qualquer momento suas mãos ágeis pudessem me invadir e levar o que nunca ninguém levou. Tenho medo do bem que você pode me fazer. Medo de parar minha busca ao te encontrar. Medo de parar no tempo sem poder, ou querer evitar. Sinto tantas coisas baby, que jamais poderei contá-las sem que meu jogo fosse entregue, sem derrubar essa minha máscara de garota-segura.
Eu queria que você me entendesse sem que eu precisasse explicar. Queria que você sentisse a minha vontade e que entendesse que o desejo é mutuo e que existe sim reciprocidade nas nossas pequenas coisas. Queria que você entendesse que esse medo que eu sinto é por você. Não quero te assustar com o que sou, nem te mandar embora ao encarar meu egoísmo e meu sentimento ralo. A vida toda eu só fiz pensar em mim.
Por isso, agora me desespero ao perceber que estranhamente tenho pensado em você. Não quero te machucar como fiz com muitas outras garotas que passaram por minha vida. Quero te proteger, cuidar pra que tudo dê certo. Ser cautelosa para que esse sorriso que me ilumina nunca se perca na escuridão. Eu só quero que você saiba que eu me importo e que me machuco a cada vez que, sem querer, te faço triste. Não sou a pessoa perfeita pra ninguém, eu sei, também jamais procurei a perfeição. Sou totalmente errada e errante. Imatura e pouco explicita. Sou um poço de confusão. E o que me surpreende é que, mesmo assim, vejo sua vontade em se perder em minhas águas. Fico pensando que talvez você seja a pessoa certa. Talvez você seja a minha grande chance. Eu não sei, nós não sabemos. Mas não quero perder um minuto dessa nova história. Quero todos os beijos e abraços e palavras que me cabem. Quero te ver sorrir todas as manhãs e dormir sentindo aquele perfume que já é tão seu. Não tenho certezas. Nunca tive e talvez nunca tenha. Mas depois de você os dias têm sido mais calmos. Depois de você as pequenas coisas voltaram para seus lugares de pequenas coisas. E desde então nada tem importância se não colocar um sorriso no seu rosto. Desde então não se faz necessário Clarissas, Aryannes ou Nathalias. Desde então tudo se desfez e só você se faz presente.
Não preciso de musas inspiradoras, baby. Não preciso de muita coisa se eu tiver você.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Minha amiga virtual !

As pessoas costumam dizer que na internet só tem o que não presta. Eu discordo completamente. Por quê? Bom, foi justamente através dela que eu conheci uma das pessoas mais importantes da minha vida, e, diga-se de passagem, muito melhor do que a maioria das pessoas que conheço pessoalmente. É bem verdade que a internet oferece bastante informações totalmente inúteis, e a pior delas são os site pornográficos. Eu realmente não entendo como as pessoas [principalmente os homens] conseguem ficar na frente do computador olhando imagens totalmente desprovidas de escrúpulos, e fazendo outras coisinhas a mais que não irei entrar em detalhes. Mas voltando ao que interessa: Suelen Silva!
Por causa da internet temos uma amizade muito sincera e verdadeira. Algumas pessoas me disseram que não iria durar nada, que tudo seria falsidades e mentiras. Pura inveja!
Confesso que a distância é o único empecilho que me chateia, afinal de contas ela é Carioca e eu sou Pernambucana [Paraíba pra ela, e só pra ela].
O engraçado é que, graças a Deus sou uma pessoa cheia de amigos, apesar de que a maioria deles se intitulam como amigos apenas quando precisam de você, porque na primeira oportunidade que tem de te passar a perna eles farão, pode apostar. Mas ela não, ela é amiga nas horas boas e ruins. Ela se preocupa quando estou gripada [quase todo dia], ela me consola quando estou triste, ela me esculhamba quando faço algo errado, ela sorri das minhas piadas sem graça. Com certeza ela é muito melhor e mais importante do que todos esses palhaços que se dizem meus amigos, mas que correm na hora do aperto. Ela sempre foi essencial na maioria das minhas decisões, dúvidas e tudo o mais. Pessoas como ela não se encontra todo dia na esquina, ou na fila do pão. Sinceramente, minha vida não teria sentindo algum sem a sua existência pra completar o vazio que reinava aqui dentro de mim. Certamente não existe Carioca mais linda, amiga, sincera e perfeita que ela.
Minha e só minha... Não divido com ninguém.
Carioquinha, vem e continua trazendo essa paz que só você me proporciona. Continue sendo o motivo do meu sorriso largo no rosto, o motivo da minha felicidade. Aonde quer que eu esteja, te levo em pensamento. Isso é uma certeza que jamais deixarei de acreditar. Nossa história está só no começo, temos muita coisa pra vivermos ainda... juntas!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dúvidas !

Na minha infância, enquanto as crianças normais se preocupavam em serem crianças, eu me importava com minhas futuras decisões. Enquanto elas escutavam Back Street Boys, Xuxa, Rouge e todas essas outras porcarias totalmente desnecessárias para a humanidade eu me interessava por Zeca Baleiro, Cazuza, Chico Buarque entre outros maravilhosos cantores. Em festas de família, por exemplo, ao invés de me divertir com os palhaços, máquinas de jogos, pula-pula e cama elástica, costumava ficar perto dos adultos conversando ou curtindo uma boa música que saía das notas dedilhadas que meus tios costumavam tirar do violão. Com o passar dos anos algumas dúvidas perturbavam minha cabeça. Dúvidas como qual profissão gostaria de seguir. Pensei em fazer veterinária, logo mudei pra psicologia, enfim decidi por serviço social quando me lembrei das crianças e adolescentes que vivem de forma totalmente vulnerável sendo vitimas das drogas, do crime e do tráfico. Resolvido essa parte do problema, me concentrei na outra parte. A que mais me confundia e me preocupava: A minha sexualidade!
Aos 10 anos eu era uma criança relativamente bonita e madura para minha idade. Lembro como se fosse hoje, os vários garotos do bairro e da escola pediam pra ficar comigo, porém nunca senti vontade alguma. No começo eu até achava que o motivo era por serem ‘novos’ demais pra mim, mas nem era e descobri isso aos 12 anos, exatamente no dia do meu aniversário quando conheci a Fernanda, [meu primeiro amor] que a vida me tirou de forma trágica. Foi ai que descobri qual a minha verdadeira condição sexual. Depois dela só vim ter um relacionamento sério novamente aos 17 anos, com uma outra garota que não poderei citar o nome pela quantidade de pessoas que a conhecem. Passamos um bom tempo juntas, mas infelizmente terminou por um mal entendido. Tive outros casinhos, nada que mereça muita importância.
A verdade é que nunca tive muita sorte com as garotas, mas sou um chama homem terrível. Fico me perguntando por que não consigo corresponder a quem realmente gosta de mim, mas nunca consegui chegar à conclusão nenhuma, além da que não escolhemos a quem amar.
Será que um dia eu vou ser realmente feliz com uma pessoa que mereça meu sorriso?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um sonho do sonho !

Não sei por que nem como. Sonhei que estava andando por um lugar lindo. Sem cores, mas lindo! De repente vejo muitas pessoas deitadas num chão que também não tem cor. Ao lado um ônibus caído. Não acredito no que penso estar acontecendo, mas é isso mesmo. Um acidente. Estão mortos. Todos. No rosto deles, só paz. Percebo serenidade na expressão de todos. Eu também estou serena. Continuo caminhando. Sigo em frente. Olho para trás e vejo meu amor. Não se aproxima, mas me segue. Assim como eu, sereno. Doce como meu amigo.
Continuo caminhando e vejo algo parecido com casas. Pequenas casas. Uma ao lado da outra. Uma das portas está aberta. Entro. Dentro da casa tudo é branco menos as flores. Não são coloridas mas... têm cor. Sim! Têm cor. Ninguém me diz, mas entendo que o lugar é meu. A primeira peça parece uma sala. A outra é um quarto, pois tem cama. Olho pela porta e lá está o meu amor. Sereno e doce como o meu amigo.
Saio da casa e percebo que em volta também há flores, muitas, enfeitando a casa. Continuo caminhando. O meu amor me seguindo, sereno. Doce como meu amigo.
À frente, vejo um campo. Um campo muito extenso. Poucas árvores, plantas rasteiras no chão. Não há cor, mas o campo é colorido.
De repente, percebo alguém vindo em minha direção. Meu coração sente alegria. Continuo caminhando. Minha alegria aumenta. Então eu o reconheço. É meu doce amigo que vem em minha direção. Sorriso aberto. Riso solto. Braços abertos. Abraço. Carinho. Calor. Acolhimento. Meu doce amigo. Olhar de criança. Suavidade. Doçura. Mel. Nenhuma palavra. De mãos dadas seguimos em frente. Eu e meu amigo.

domingo, 26 de setembro de 2010

A dor que mais doi !

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam que estavam lá. Você podia ir para o escritório e ela para o dentista, mas sabiam onde estavam. Você podia ficar o dia sem se verem, mas sabiam que iriam se encontrar pela amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ela continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua pintando o cabelo de vermelho. Não saber se ela ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi à consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido frango assado, se ela tem assistido às aulas de inglês, se ela aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ela continua fumando Carlton, se ela continua preferindo coca-cola, se ela continua sorrindo, se ela continua dançando, se ela continua surfando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está mais magra, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Porque só você deveria existir !

Você não se importa em me fazer não parar de pensar em você. Você tem o poder de me fazer sorrir quando quiser, você é o proibido que eu não deveria querer. Você é a escolha que eu nunca deveria escolher. Eu tento me afastar, mas eu sei que já não consigo mudar! Todas as músicas não deveriam me lembrar você, seu perfume não deveria continuar em mim, e o seu abraço não deveria me trazer lembranças. Você deveria ser uma qualquer, uma estranha qualquer. Eu não consigo entender em como isso me afetou tanto, e em como eu pude gostar de
uma pessoa tão rapidamente. Eu nunca consigo te entender, talvez por isso não consiga te esquecer. Depois de um tempo, talvez eu entenda tudo. Porque tudo tem que acontecer desta maneira? Porque gostar de alguém pode ser tão difícil. Uma memória não deveria iludir e nem existir... para machucar.
Se eu soubesse, jamais começaria a gostar. Eu queria mandar na saudade, mandar na angústia, e mandar na lembrança. Como uma simples pessoa, um simples coração pode me fazer tão bem? Como pode me afetar tanto? Tu me deixa tão feliz por dentro, uma felicidade contagiante que começa desde o último fio de cabelo ate os pés, me causando arrepios na maioria das vezes. Eu deveria te odiar, pelo simples fato de me fazer sorrir sozinha e fazendo me sentir no céu ao mesmo tempo. Deixando-me inquieta, bastando analisar que por um breve momento, eu não consigo te odiar. Talvez não fosse tão difícil te odiar por um minuto sem intervalos, se não passasse a maior parte do dia pensando em como o seu sorriso é capaz de fazer meus olhos brilharem, e o seu simples toque ser capaz de realizar uma sensação para-normal. Digamos que é impossível te odiar, que eu perdi o controle e que não estava no roteiro sentir saudades de você, mesmo que tenha sido apenas uma vez. Você consegue me deixar ficar elétrica depois de falar com você, querendo fazer do momento único e longo. E quando o momento acaba, sinto uma vontade de reviver só para dizer o que eu não disse, ou que eu não tive coragem de dizer. Não estava no plano fechar os olhos e pensar em você, lembrar do seu abraço, que me fez delirar, me fazendo desejar que não acabasse. O tempo passa te fazendo imaginar em como vai ser, te dando dor de cabeça e insegurança. Mesmo quando cada tique do relógio faz sua cabeça doer como se fosse um fluxo de sangue passando por uma ferida. Passando desigual, em estranhos solavancos, levando a calmaria embora, mas ele passa. Mesmo pra mim... Só de imaginar, me deixa tão feliz, que me da medo. Dizem que quando se está feliz demais, deve se preparar, pois alguma coisa sempre dá errado, mas sinceramente, nada pode dar errado agora. Eu vou ter você, e só isso importa agora.

P.S: esse texto foi inspirado em você, espero que um dia chegue a ler! J. <3

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Antes que você se vá !

Se sua partida é mesmo inevitável, se seu sonho é mesmo indispensável, se sua vida é mesmo impenetrável, vá logo de uma vez.
Não permita que eu me apegue e faça planos, não me deixe crer no que não há verdade.
Vá antes de borrar minha maquiagem, ferir minha coragem, antes que eu jogue meus instintos de sobrevivência definitivamente pela janela do prédio como se não me importassem mais os sentimentos próprios.
Não provoque meus medos, não confunda meu discernimento e não destrua meu equilíbrio. Apenas vá embora.
Leve tudo o que é seu para que a lembrança não perfure meu sorriso cheio de lágrimas.
Não me deixe criar um relacionamento individual onde eu sou todos os personagens, enquanto você é a platéia única, que faz questão de não aplaudir minhas fragilidades teatrais.
Você que preenche minhas lacunas de medo em cinco minutos de vida, deve ter um longo caminho de volta pro seu ser, enquanto eu sobrevivo de te esquecer daqui a pouco.
Se minhas palavras embaralhadas confundem sua mente, nem peço lucidez.
Já sei o quanto você gosta de estar entorpecida pra esquecer seus problemas, ao invés de resolvê-los. Mas não ignore o que eu sou por não ter forças em me decifrar, não fuja antes de saber o que eu posso fazer pra te dar uma vida.
Seu medo é de ser feliz?
Então dividamos esse pavor doentio da alegria, para que possamos partilhar o pânico de sorrir até que a tristeza não faça mais sentido a dois.
Se sua partida é mesmo inevitável, se seu sonho é mesmo indispensável, se sua vida é mesmo impenetrável, ao menos arrisque me carregar contigo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O saber machuca !

Só eu sei o quanto eu senti falta daquele abraço apertado, e também sei que faria de tudo para senti-lo só mais uma vez... Apenas mais uma vez. Só eu sei que eu revivo cenas, volto no tempo, e desejo que meu passado se torne presente mais uma vez. Só eu sei a dor que senti quando descobri que meus planos de um futuro ao seu lado não seriam mais realizados. Só eu sei o quanto às lembranças insistem em aparecer na minha mente e eu sei que cada detalhe, cada lugar me faz lembrar de você e agora eu me lembro daquela música que você cantou pra mim, a mesma música que marcou a distância novamente, a música que eu considerei nossa... A música que irei me proibir de escutar o resto da vida para amenizar o sofrimento. Só eu sei a dor que vou sentir, só de imaginar que você vai estar feliz com outra pessoa e que vai sentir o que você não sente por mim. Seja pela falta, pela dor, pelas lembranças, pelos sonhos, eu sei muito bem das lágrimas que eu já chorei e que infelizmente, ainda vou chorar. Eu sei, e como sei.
Também sei que já cansei de encontrar jeitos para esquecê-la, e que talvez já me convenci que nunca conseguirei. Eu já busquei uma forma de esgotar essa falta, mas também sei que no final isso só aumentou meu sofrimento e sei que parece que ninguém entende o que sinto, que tudo o que te dizem soa como "mais alguma coisa" para teus ouvidos.
Eu sei que no meio de tantos amigos, risadas, momentos, me sinto perdida, e que trocaria tudo pela sua companhia. Sei o quanto sinto falta de, por um momento, não fazer nada ao seu lado. Eu sei o quanto você tentou me dar atenção, e o quanto você tentou me fazer sentir única, mas só eu sei o quanto eu gostaria de ouvir apenas uma vez um “EU TE AMO”.
Só eu sei o quanto te amei, e sei também, mais do que ninguém o quanto ainda amo você!